segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sobre minha incapacidade de dizer "Parabéns"

         Desde que meu pai se foi, não tenho estado arrasada, chorando pelos cantos ou arrancando os cabelos. A vida tem seguido. Lentamente, mas seguindo. Não estou deprimida. Consigo rir. Consigo me alegrar na companhia de amigos. Consigo trabalhar. Consigo estudar...
        Recentemente descobri algo que não consigo fazer. Não consigo dar "Parabéns". Ridículo, eu sei. "Parabéns!". Não é difícil. Escrever, menos difícil ainda (afinal não precisa vir acompanhado do semblante alegre). Chegam aniversários, nascimentos, bodas, efemérides..."Pa....." não vai. Abro a caixa de mensagem para postar. Ela me olha com cara de "Vai encarar?" e eu fujo com o rabinho entre as pernas.
         Não é que eu não esteja feliz pelo outro. Acredite, eu estou. Mas não é uma felicidade festiva. É um sentimento de satisfação, de orgulho, porém calado.
         Tenho pensado em duas coisas:
1- Por que não consigo dizer "Parabéns" e seus genéricos?
2- Se não dá para parabenizar com palavras, como faço para contornar a situação?
         Pensei muito na primeira questão no Dia dos Pais. Afinal de contas, sei bem o valor de um pai e o quanto representa na vida de um filho. No entanto, não consegui me fazer congratular a classe. Cheguei a algumas possíveis conclusões: Talvez seja o fato de não sentir que o cumprimento seja inteiramente honesto - o sentimento de satisfação é, mas a festividade implícita na palavra, caso fosse dita, não. Tanto que não tenho nenhum problema em dizer: "Parabéns pela burrada, senhor político tal" (para evitar polêmicas desnecessárias, o nome foi omitido) ou então: "Parabéns por derrubar minha sacola, seu bicicleteiro d'uma figa!
        Outra possibilidade é o fato da palavra, principalmente quando se refere a aniversário, me lembrar que logo mais, quando chegar as nossas datas, que são tão próximas, não terão o "Parabéns" logo bem cedinho. Não haverá mais planos de como comemorar conjuntamente. Não haverá uma série de coisas que não citarei aqui, mas que meus irmãos e minha mãe sabem bem.  Ou seja, não tenho dito a palavra porquê quando ela vier para mim, será amaarrrrrga.
         Com relação à segunda, pensei em dar um joinha duplo com uma piscadinha ou um tapinha nas costas. Só não sei como fazer isso virtualmente. Mas, estou aberta a sugestões.
          Enquanto não resolvo a situação, essa vai para todos a quem estou devendo:













Um comentário:

  1. Bom…,

    Portanto, visto que agorinha chegou o amanhecer do 1º domingo de 2017, vamos vestir-nos, tomarmos o café da manhã — de preferência um capuccino –, e vamos trabalhar no PC para ter dias melhores, tendo sempre o capacete e a espada à mão.

    Os nossos inimigos já sabemos! São a picaretagem, a baranguice, a cafonice, o Kitsch, a breguice e a mentira publicitária de Mídias Sociais do Petismo.

    Embora, por outro lado, já tenham sido privados daquela imagem ilusória de invencibilidade que tinha sido criada por João Santana, e feito tanta gente tornar-se isentona e alienada, postando coisinhas infantis e oba-oba em sítios como o G+ e Facebook. E, daí, esquecendo totalmente de falar mal do PT.

    Todos esses bregas e essas bregas, que são categoricamente a favor das forças financeiras das trevas, vão continuar passivas e isentonas em 2017! Como se nem o ano 2016 tivesse acabado e passado. Afinal, sabemos, petistas têm Natal e reveillon ruins e antiquados. O ano 2016 foi o da vitória. Esses asseclas do Petismo [e seus satélites] estão longe de ser derrotados. A baranguice é tal qual ERVA DANINHA, cresce a minuto. Portanto fiquem de OlhOs bem abertos!

    MAS, MESMO ASSIM, SERÁ UMA NOITE NÃO SOTURNA E SIM SOLAR E ALEGRE!

    O que queremos dizer é que a luta continua. Mas será uma luta mais alegre e mais solar, porque vemos divisões e dúvida no coração do inimigo, e vemos as primeiras luzes do sol, depois de uma longa noite de 13 anos de toda espécie de baranguice.

    ¿Por quê? ¿Por que dizemos que será uma luta mais alegre?

    Porque afinal a analfabeta política, de 50 milhões de votos, foi dado-lhe um ponta-pé na traseira pensante que ela leva sobre o pescoço, naquele glorioso ano de 2016.

    Por mais que possa parecer estranho e paradoxal, se milhões de brasileiros encontrarem mais coragem para se opor à máquina infernal que os aprisiona, a encontrarão também os milhões de cidadãos estadunidenses, que têm demonstrado que não querem mais ser soldadinhos de chumbo dispensáveis ou vacas leiteiras. Claro que estou a falar de gente pensante, e não de bregas, nem de universitárias de unidades decadentes do interior brasileiro e muito menos estou a debater a respeito de i-sen-to-nas.

    E, por mais estranho que pareça, mudando um pouco de assunto, um engraçado irlandês meio alemão que construiu um império hoteleiro, poderá, agora, jogar suas cartas no grande jogo. Digo lá nos Estados Unidos da América (país esse que nos permite estar escrevendo nesse Newsletter nesse exato momento, o inventor da Internet).

    Não sabendo para que lado ele vai jogar exatamente, mas tendo em vista aqueles que tudo fizeram para impedir sua eleição, desejamos, desportivamente, poder apreciar a sua devida revanche! Dia 20 é a posse. Corajoso, que fala o que pensa, sem picaretagem fingida. Sem o fingimento do politicamente-hipócrita-correto.

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