terça-feira, 21 de setembro de 2010

( ! )

           Dia desses, enviei um texto para a amiga Carol dar uma olhada. Não podia imaginar que o retorno influenciaria minha vida em grandes proporções. O texto voltou todo amarelinho de correções e observações. As que chamaram mais minha atenção foram sobre o sinal de exclamação. Ela disse que parecia que tudo estava muito alegrinho. Chegou até me chamar de "exclamona"! Fiquei com a leve sensação de que deveria ter ficado ofendida....
           Na dúvida fui pesquisar no Oráculo (salve!). Lá, encontrei um link para um texto do Observatório da Imprensa intitulado "Ponto de Admiração" do Gabriel Perissé. No texto, são várias as manifestações de diversas fontes contrárias ao sinal. Para mim, o fundo poço foi a frase "O ponto de exclamação é o crachá da incompetência" dita, pelo blogueiro Rafael Galvão. A essas alturas eu já estava respirando em um saco de papel e com olhos arregalados.
            Recuperada do susto, lembrei de uma professora dos meus tempos de ...melhor esquecer. Bem, uma professora disse que o sinal de exclamação era para enfatizar emoções. Aparentemente não são todas as emoções! (sim, está certo. O sinal está indicando assombro)
             Toda essa história me fez pensar no porque de tantos erros. Acho que uma das razões é o "Word". Antes, quando era caneta no papel, éramos obrigados a pensar se estávamos escrevendo certo, a lembrar das regrinhas e decorebas. Com corretor automático a gente não gasta mais a memória. Estou começando a achar que memória é como bolsa de couro: se você não usar acaba estragando!
             Não estou fazendo manifesto contra o "Word". Acho ele muito útil. Mas vou passar a confiar menos nele e tentar botar minha cabeça para trabalhar mais e talvez comprar uma gramática atualizada. Agora você faz o que achar melhor.
           

sábado, 18 de setembro de 2010

Rapidinhas!

Tive essa conversa com um amigo do msn outro dia:

Ele: Todo mundo fala que eu sou doido!
Eu: É porque você é!
Ele: Não acho! Do meu ponto de vista sou muito normal!
Eu: Você sabe... Negação é o primeiro sintoma!
Ele: Pensei que era falar sozinho!
Eu:Não! Eu faço isso! Isso não é um sintoma!
Ele: Ah é?! e você responde as suas perguntas?
Eu: Claro!!! É grosseria não reponder quando te fazem uma pergunta direta!

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            Dia desses tocou o telefone. Era uma doninha perguntando "Boa noite! O Pedro ainda está aí?". Depois que respondi que não havia nenhum Pedro aqui ela só fez "Huuummmmm...............", pediu desculpas pelo engano e desligou. Imediatamente fiquei preocupada com o Pedro. Tive vontade de ligar e dizer que a coisa ia ficar preta para o lado dele. Mas eu não podia fazer nada! Não tinha o telefone do Pedro!
           Fiquei pensando como ele iria explicar que não só não estava aqui, como nunca esteve? Também, bem feito! Ele que aprenda a estar onde fala que vai estar! Se levar ferro o problema dele! Agora ele que não me apareça aqui nem pintado de ouro!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Técnicas de Combate e Casamento!

           Ultimamente, por motivos que não vem ao caso, estou com casamento na cabeça. Não vou me casar, mas tenho tido a oportunidade de ver um pouco mais de perto como a coisa funciona! Cheguei a uma conclusão: para se realizar um casamento é preciso conhecer o mínimo de técnicas de combate!
            Começa-se pela diplomacia na hora de escolher os convidados e de separar as mesas. Como acomodar os divorciados? E os parentes que não se suportam? Como colocar aquela tia escandalosa longe do microfone e da pista e o cunhado que bebe muito longe da manguaça?
            Chega o grande dia! A noiva que sempre sonhou com o SEU dia teve de se contentar com o fato de que ele vai ser seu e de mais três outras noivas, já que o padre agora só trabalha no atacado!
            Por causa do cronograma espremido, o pessoal tático do cerimonial está coordenado para agir às 2.000 horas em ponto! Mas o que pode o planejamento contra a imprevisibilidade dos pimpolhos... A daminha (que mais parece um suspiro de cachinhos) tentou beijar o pajem. O moleque (de cabelo engomado pela mãe e gravatinha ridiculamente borboleta) deu um soco na atrevida que caiu e quebrou os dentes de leite. A comoção no backstage é geral! "Daminha down!Repito: Daminha down!" grita a mocinha do cerimonial (aquelas de tailler e com maquiagem estranha)!
            Depois de cuidar da menina na sacristia e de dar a bronca no menino assediado, começa-se a cerimônia. A noiva está tão linda que ninguém repara na daminha com a boca parecendo overdose de botox e no pajem emburrado! Tudo acaba bem e todos respiram aliviados!
            Corre para a festa! Os noivos chegam e começam a tirar fotos. A Tia avó da noiva, meio ceguinha e usando batom vermelho "pin up" e perfume "Dama da Noite" vai toda serelepe dar aquele beijo e abraço na sobrinha. Os seguranças preparam o bloqueio. A velhinha dribla. A noiva dá um passo para trás, o noivo protege. A velhinha estica os braços para alcançar a sobrinha e ....STRIKE!!! Os seguranças numa recuperação incrível conseguem conter a tia! Na maior finesse e discrição a meliante é retirada do salão.
            Hora de jogar o buquê é outro momento esportivo. A noiva vira de costas. Conta até 3 e joga o buquê. Num momento glorioso a prima que está noiva há 15 anos usa a daminha como tamburete, pula o bolo de concorrentes, pega o buquê e ....TOUCHDOWN!!!! Enquanto ela comemora no maior estilo Michael Jackson, o noivo dela rouba uma garrafa de wisk e foge de fininho...
           A diplomacia a essas alturas já desceu ralo abaixo junto com a finesse! Todo mundo dança alegremente. E as gravatas e pashiminas que antes eram símbolo de elegância viram acessórios de coreografias constrangedoras!!!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Teoria

            Relacionamentos humanos são difíceis! Mesmo quando existe afinidade, ainda há aquelas ocasiões em que o terreno fica meio escorregadio. Além disso, desenvolvemos maneiras diferentes de agir em diferentes situações do nosso cotidiano e/ou grupos sociais que frequentamos. Somos várias pessoas em uma só!
           Acredito que em algumas circunstâncias o entorno nos define. Tenho uma teoria a respeito! Relacionamentos humanos funcionam como harmonizações culinárias! Explico: o morango puro tem um gosto. Acrescente açúcar e o sabor muda, fica bem mais rico. A pimenta misturada com azeite fica muito mais ardida. Acredito que coisa parecida acontece com as pessoas. Alguns relacionamentos nos enriquece, nos torna pessoas melhores. Outros nos tornam mais submissos, ranzinzas ou até violentos. O mais interessante é que não é uma mudança de comportamento. É mais um estado momentâneo provocado por determinada companhia.
         Talvez os problemas de relacionamento ocorram devido a má harmonização de naturezas humanas. Também, isso é o que dá permitir que os próprios ingredientes cozinhem a receita. Alguém faça o favor de chamar o cozinheiro!